O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou neste sábado (23) o líder da oposição Juan Guaidó e seu partido político de um complô fracassado para assassiná-lo e advertiu que não perderá o pulso para fazer justiça.
– O fantoche diabólico acabou de desmantelar um plano, que ele pessoalmente dirigiu, para me matar –, disse Maduro diante de milhares de chavistas que marcharam para o palácio do governo em Caracas, referindo-se a Guaidó, chefe do Parlamento reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da nação do petróleo.
Maduro disse que o partido de Guaidó, Vontade Popular, "maneja milhões de dólares" nesta conspiração.
Maduro descreveu como "grupo terrorista" o partido, fundado pelo líder da oposição em prisão domiciliar, Leopoldo López.
– Não vamos perder o pulso para que esses criminosos sejam presos um a um –, advertiu.
Maduro assegurou que os fundos venezuelanos bloqueados por Washington e entregues ao líder parlamentar para financiar o complô, que, segundo o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, incluiu "assassinatos seletivos" e "sabotagem" aos serviços público.
Mais cedo, Rodriguez, disse em comunicado televisionado que "informações de inteligência" revelaram que "assassinos contratados" recrutados em El Salvador, Guatemala e Honduras foram enviados para a vizinha Colômbia para entrar na Venezuela.
Rodriguez acusou Roberto Marrero, chefe de gabinete de Guaidó, de atuar como "grande organizador" da suposta operação, que teria como objetivos - entre outros - executar "assassinatos seletivos" e "sabotagem" de serviços públicos.
O funcionário divulgou capturas de tela de supostas conversas via WhatsApp entre Marrero e Guaidó em que ele teria coordenado o uso de 1 bilhão de dólares, vindo de fundos bloqueados por sanções, para financiar grupos irregulares com o apoio do governo do presidente colombiano Ivan Duque.