Sob críticas e suspeitas internacionais, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, toma posse nesta quinta-feira (10) para um novo mandato, que irá até 2025. Ele conta com o respaldo das Forças Armadas e da Suprema Corte, mas sofre resistência interna da Assembleia Nacional, que é comandada pela oposição.
O Brasil, que integra o Grupo de Lima (formado por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lucia e México), considera a reeleição de Maduro ilegítima.
Para o grupo, com exceção do México, o poder deveria ser transmitido para o Parlamento venezuelano que, por sua vez, promoveria novas eleições. O processo eleitoral que levou à reeleição de Maduro contou com quase 70% de abstenção.
A crise na Venezuela se agravou nos últimos anos, provocando uma forte imigração, fome e desemprego na região. Para o público interno, Maduro afirmou que apresentará um conjunto de ações econômicas para frear a hiperinflação que atinge o país.
— Vou apresentar o Plano da Pátria diante da Assembleia Nacional Constituinte para o próximo período de seis anos. Vou fazer uma avaliação e apresentar um conjunto de medidas — afirmou Maduro, acrescentando que sua meta é a estabilidade econômica para o período de 2019-2025.
Nesta semana, o Peru informou que proibirá a entrada do presidente da Venezuela e integrantes do governo, assim como suas famílias, no território do país.