Em meio a manifestações contra o novo mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o líder do Parlamento Venezuelano, o jovem opositor Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino do país na quarta-feira (24).
O Brasil, os Estados Unidos e o Canadá estão entre os países que consideram "ilegítimo" o segundo mandato do presidente Maduro, iniciado em 10 de janeiro, por considerarem que foi reeleito em maio em eleições fraudulentas.
Países que rejeitam o mandato de Maduro
- Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) divulgou nota, na quarta-feira (23), reconhecendo o líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional Venezuelana Juan Guaidó como presidente do país. O Itamaraty também orientou seus diplomatas em Caracas a considerar o líder opositor como única autoridade legítima no país, ignorando Nicolás Maduro.
- Estados Unidos
O presidente americano, Donald Trump, expressou seu apoio a Guaidó poucos minutos depois de ele se autoproclamar, em Caracas, "presidente encarregado da Venezuela" para buscar a saída de Maduro do poder. No comunicado emitido pela Casa Branca, Trump convidou outros governos da região a também reconhecerem Guaidó. Em resposta, o presidente chavista rompeu relações com os EUA e afirmou que diplomatas norte-americanos têm 72 horas para deixar o país.
- Peru
A Chancelaria peruana, por meio de um comunicado, citou a "ilegitimidade do regime de Nicolás Maduro e afirmou que 11 de 14 países do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela, do qual o Brasil faz parte — apoiam o opositor Juan Guaidó.
- Argentina
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Canadá
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Chile
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Colômbia
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Costa Rica
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Guatemala
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Honduras
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Panamá
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Paraguai
Reconheceu, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano por meio de nota divulgada pelo Peru, estabelecendo a posição do Grupo de Lima — criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
- Espanha
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
- França
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
- Alemanha
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
- Reino Unido
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
- Portugal
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
- Holanda
Vários países europeus — entre eles Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda — reconheceram o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó após darem um ultimato a Maduro para que realizasse novas eleições presidenciais.
Países que apoiam Maduro
- Rússia
A Rússia criticou, por meio do porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, os países ocidentais por seu apoio ao presidente interino autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, por considerar que "mostra sua atitude a respeito do direito internacional".
- México
O governo do México afirmou que "analisa a situação na Venezuela", mas, até o momento, ainda reconhece o governo de Nicolás Maduro. "Até onde estamos, (o posicionamento do México) é de que nós reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana", disse porta-voz da Presidência mexicana, Jesús Ramírez.
- Bolívia
"Nossa solidariedade para com o povo venezuelano e o irmão Nicolás Maduro, nessas horas decisivas em que as garras do imperialismo voltam a ferir mortalmente a democracia e a autodeterminação dos povos da América do Sul", afirmou o presidente da Bolívia, Evo Morales, em sua conta no Twitter.
- Cuba
O governo cubano expressou seu "firme apoio" ao seu aliado, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. "Nosso apoio e solidariedade ao presidente Nicolás Maduro ante as tentativas imperialistas de desacreditar e desestabilizar a Revolução Bolivariana", escreveu no Twitter o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
- China
"A China defende o princípio de não-interferência nos assuntos políticos internos de outros países, e se opõe à interferência na Venezuela de forças externas", afirmou o Porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.
- Turquia
Durante uma conversa telefônica, segundo o porta-voz da presidência da Turquia, Ibrahim Kalin, o presidente do país Recep Tayyip Erdogan expressou apoio a Maduro."Irmão Maduro, mantenha a cabeça erguida, a Turquia está a teu lado", afirmou o chefe de Estado turco.