Onze dos 14 países do Grupo de Lima reconheceram, nesta quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano, o opositor Juan Guaidó, como "presidente encarregado" da Venezuela, citando a "ilegitimidade do regime de Nicolás Maduro", informou a Chancelaria peruana.
"Os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru (...) reconhecem e expressam seu pleno respaldo ao Presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que assumiu hoje como Presidente encarregado da República Bolivariana da Venezuela", assinalou a Chancelaria peruana em comunicado.
Os três membros do bloco que não se somaram a esta decisão foram México, Guiana e Santa Lúcia.
Os 11 países "apoiam o início do processo de transição democrática na Venezuela com base em sua Constituição, visando realizar novas eleições no prazo mais breve, com a participação de todos os atores políticos e com as garantias e padrões internacionais necessários, e condenam os atos de violência ocorridos na Venezuela".
Guaidó se autoproclamou nesta quarta-feira presidente interino da Venezuela, diante de uma multidão de seguidores em Caracas, sendo reconhecido por Estados Unidos e alguns países da América Latina.
Maduro reagiu rompendo relações com os Estados Unidos.
Os onze países do Grupo de Lima exortaram a Venezuela "a garantir o Estado de Direito, os direitos fundamentais das pessoas e a paz social, enquanto se produz a transição de governo", e expressaram sua "decisão de continuar apoiando firmemente a recuperação da democracia" naquele país.
O Grupo de Lima foi criado em agosto de 2017 por iniciativa do Peru para promover uma saída pacífica da crise na Venezuela.
* AFP