O presidente argentino, Mauricio Macri, triunfou nas eleições legislativas de meio de mandato com sua aliança, o que permitirá aprofundar as reformas liberais que promove desde que chegou ao poder. A "Cambiemos" venceu em 13 das 24 províncias do país, segundo os resultados finais.
A coalizão conquistou ainda vitória nas regiões de maior população: Buenos Aires, Córdoba, Mendoza, Santa Fé e no distrito federal da Capital.
Até então, Macri governava com maioria simples – 87 dos 257 deputados e 15 dos 72 senadores –, graças a alianças. Agora, uma projeção do canal de televisão TN aponta 108 deputados para a coalizão do presidente, enquanto a oposição ficaria com 145 – outros quatro pertencem a outras forças políticas.
Um total de 78% dos 33,1 milhões de argentinos registrados para votar compareceu às urnas para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
– Não ganhou um partido, ganhou a certeza de que podemos mudar a história, construir com amor. Um argentino com vontade não tem limites, somos imparáveis – declarou Macri ao liderar as comemorações na sede da campanha da "Cambiemos", de centro-direita.
A ex-presidente Cristina Kirchner voltou ao cenário político ao conquistar uma cadeira no Senado pelo partido Unidade Cidadã (UC, peronistas de centro-esquerda), o que assegura imunidade parlamentar no momento em que é acusada por um caso de corrupção.
– Apenas a UC cresceu desde as primárias (de agosto) e emerge como a oposição mais firme. Será a base da construção da alternativa ao governo. Aqui não acaba nada, aqui começa tudo – disse a ex-presidente.