Em declaração a soldados norte-americanos no Japão, nesta quarta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, prometeu uma "resposta esmagadora em caso de ataque" da Coreia do Norte. O vice de Donald Trump afirmou que há "nuvens no horizonte" e classificou o regime norte-coreano como a "ameaça mais perigosa e urgente para a paz e a segurança na Ásia Pacífico".
Pence fez as declarações no Japão, onde realiza uma visita de dois dias depois passar pela Coreia do Sul, onde visitou a fronteira com a Coreia do Norte. A missão diplomática ocorre em plena tensão com os Estados Unidos pela possibilidade de que Pyongyang esteja preparando o sexto teste nuclear.
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O vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Han Song-Ryon, afirmou à BBC, na terça-feira, que o ritmo de testes balísticos irá acelerar.
– Vamos realizar mais testes de mísseis semanalmente, mensalmente e anualmente.
Diante da atitude da comunidade internacional, que considera os testes uma provocação e uma violação das resoluções da ONU, Pence já advertiu há alguns dias que "todas as opções estão sobre a mesa".
– Derrotaremos qualquer ataque e reagiremos ao uso de qualquer arma convencional ou nuclear com uma resposta esmagadora – afirmou, citando a "determinação do presidente Trump e das forças armadas dos Estados Unidos".
O porta-aviões Ronald Reagan, que se encontra na base naval americana de Yokosuka, forma parte da sétima frota de Washington e está pronto para uma mobilização programada no Pacífico ocidental.
Outro componente da sétima frota, o porta-aviões USS Carl Vinson, atualmente diante da costa australiana, planeja chegar na próxima semana ao mar do Japão (mar do Leste, em sua denominação sul-coreana).
Relações delicadas com Pequim
A retórica de guerra preocupa Coreia do Sul e Japão, vizinhos do regime de Pyongyang. Na terça-feira, o presidente japonês, Shinzo Abe, pediu o favorecimento da via diplomática e pacífica – um diálogo que terá que passar forçosamente pela China, como reconheceu Trump, silenciando as críticas à política econômica de Pequim.
– O que deveria fazer? Lançar uma guerra comercial contra a China enquanto (o presidente chinês, Xi Jinping) trabalha em um problema claramente maior, na Coreia do Norte? – questionou o presidente durante entrevista transmitida, na terça-feira, pela rede americana Fox News.
As declarações representam uma mudança de atitude do presidente norte-americano, que há alguns dias ainda garantia querer resolver sozinho a questão nuclear norte-coreana se Pequim não conseguisse controlar seu turbulento vizinho.
*AFP