"Tintim no país dos sovietes", a primeira aventura do famoso jornalista belga, será lançado na quarta-feira pela primeira vez em cores, quase 90 anos após a criação do personagem por Hergé.
O álbum, visceralmente anti-comunista e alvo de polêmicas durante a Guerra Fria, destoa da coleção de Tintim, que consiste de 24 obras.
Não foi integrado à coleção oficial até 1999. Até então, "Tintim no Congo" era considerado o primeiro da série.
Nesta primeira obra, o jornalista surge quase irreconhecível. Não se trata do jovem generoso conhecido dos fãs da série, mas um anti-herói que "acerta contas com qualquer um de quem não goste", diz Philippe Goddin, biógrafo de Hergé (1907-1983).
A versão original de "Tintim no país dos sovietes" saiu em 1930. Um ano antes, havia sido publicado nas páginas do suplemento jovem do jornal católico belga Le Vingtième Siècle.
Quando Hergé, com então 21 anos, "iniciou a história, não podia imaginar que o personagem faria sucesso", afirma Goddin.
Mas as primeiras 10.000 cópias de "Tintim no país dos sovietes" se esgotaram e, embora Hergé tenha prometido, nunca voltou a desenhar este álbum.
Até agora, era o único que não tinha sido publicado em cores, uma tarefa que começou em 2014 a partir de rascunhos originais.
Ao incorporar cores, alguns detalhes são mais visíveis e a história ganha em ritmo e humor.
A obra, com uma tiragem de 300.000 cópias, sairá em francês na França, Bélgica, Suíça e Canadá.
No total, 240 milhões de livros de Tintim foram vendidos em todo o mundo.
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