Dois palestinos morreram após serem atingidos por tiros do exército israelense nesta sexta-feira (8) na Faixa de Gaza. As mortes ocorreram durante manifestações contra a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, anunciada na quarta-feira (6), de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Mahmud al-Masri, 30 anos, morreu a leste de Khan Yunes quando protestava perto da barreira de segurança de Israel com a Faixa de Gaza.
Outro palestino, Maher Atalah, 54 anos, faleceu no norte da Faixa de Gaza, após ser ferido durante os choques da tarde, anunciou Ashraf al Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde da Palestina.
Cerca de 50 policiais israelenses entraram em confronto com dezenas de manifestantes palestinos nas ruas da Cidade Velha, em Jerusalém, nesta sexta-feira. Em Hebron, Belém, Jericó e perto de Nablus, as forças israelenses responderam às pedras lançadas por jovens palestinos com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Na quinta-feira (7), ao menos 20 palestinos ficaram feridos durante os protestos contra a decisão de Trump. Cartazes e bonecos com o rosto do presidente foram queimados, assim como a bandeira americana. O movimento Hamas chegou a convocar uma nova intifada, reação palestina. Em resposta, para esta sexta-feira Israel anunciou que mobilizou centenas de policiais.
A iniciativa do presidente americano provocou críticas entre lideranças mundiais, entre elas a do presidente turco. Recep Tayyip Erdogan, que assegurou que Trump lançou o Oriente Médio em "um círculo de fogo". Desde a criação de Israel, em 1948, a comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital e sempre considerou que o status oficial da Cidade Santa deveria ser negociado entre palestinos e israelenses.