Um grupo de mais de 60 instituições médicas e de pesquisa ao redor do mundo vai lançar uma iniciativa pioneira para "acelerar o progresso da medicina". As entidades da Europa, da América do Norte, da Austrália e da Ásia pretendem compartilhar informações clínicas e genéticas de seus pacientes.
O objetivo é desvendar as raízes biológicas de cânceres, doenças hereditárias e infecciosas. As informações sobre o anúncio, feito pelo Wellcome Trust's Sanger Institute nesta quarta, são do jornal The Guardian.
A base de dados permitirá também identificar os efeitos variáveis que as drogas para essas condições têm em diferentes pacientes. O documento afirma que os padrões éticos para a iniciativa são uma etapa fundamental do projeto, para que as informações - anônimas - possam ser usadas de forma proveitosa e segura.
- O que mais mudou nos últimos anos foi a tecnologia de sequenciamento genético. Podemos agora sequenciar milhões de vezes mais DNA pelo mesmo custo de dez anos atrás. Mas estamos percebendo que precisamos compartilhar os dados para maximizar o ganho em conhecimento em benefício da saúde - disse ao Guardian o professor Mike Stratton, diretor do Sanger Institute, uma das instituições participantes do projeto.
Apesar de ser possível detectar todo o genoma de uma pessoa por 650 libras (cerca de R$ 2.150), cientistas precisam compará-lo a outros milhares de indivíduos saudáveis para fazer qualquer apontamento seguro. Nesse sentido, a iniciativa é fundamental para o progresso da ciência e da medicina.