Quatro cidades do Rio Grande do Sul receberam atualização no sistema de monitoramento do nível de rios em paralelo com o restabelecimento das medições após a enchente de maio. Um novo recurso foi instalado em réguas automáticas do Rio Taquari nos municípios de Lajeado, Encantado, Muçum, além de uma que monitora o Rio Caí, em São Sebastião do Caí.
A novidade abrange uma estação em cada um dos municípios. A principal diferença em relação às outras estações está na agilidade ao reportar atualizações.
Na prática, essas quatro réguas emitem boletins atualizados a cada 15 minutos para a Defesa Civil, enquanto as unidades automáticas comuns também fazem a leitura nesse mesmo intervalo, mas apresentam os resultados compilados de hora em hora (com as últimas quatro medições).
As estruturas, que vinham sendo montadas desde junho pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), já estão transmitindo dados via satélite. Conforme o órgão, as quatro estações modernizadas são as únicas com a tecnologia no Brasil.
— Elas (réguas modernizadas) são essenciais para qualquer análise da propagação das ondas das cheias e para que todo mundo tenha um controle mais rápido do que está acontecendo. A nossa ideia é levar para todas as estações das bacias do Caí e do Taquari. Mas, neste momento, a gente só tem um número limitado de acessos a esse tipo de recurso, porque é uma tecnologia que precisa ficar vinculada a um satélite — explica o superintendente regional do SGB, Franco Buffon.
O SGB, vinculado ao governo federal, é encarregado por 118 estações hidrometeorológicas no Rio Grande do Sul, sendo 48 delas automáticas. As estruturas são responsáveis por obter dados precisos e pautar alertas à população em situações de risco de desastres.