Um livro que documenta a criação do Grupo de Investigação (GDI) do Grupo RBS e sua consolidação como referência para a reportagem investigativa no Rio Grande do Sul e no país. Esta é a proposta de GDI: Bastidores e prática do jornalismo investigativo, que será lançado nesta segunda-feira (15), a partir das 18h30min, no foyer do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, junto a uma sessão de autógrafos aberta ao público.
Já disponível para compra na Amazon e nas livrarias, a publicação aborda técnicas de apuração e bastidores de casos de investigação e denúncias que tiveram consequências práticas para a sociedade gaúcha. Com capítulos assinados por profissionais que têm como base qualidade técnica e responsabilidade em apurar a verdade dos fatos, o livro conta a trajetória e a consolidação do GDI, reafirmando o poder transformador do jornalismo profissional.
— Na RBS vemos o jornalismo investigativo como um dos fundamentos de qualidade do nosso trabalho. Por meio de investigações criteriosas e independentes, trazemos com responsabilidade problemas a serem corrigidos e, assim, com transparência absoluta, prestamos um serviço relevante ao nosso público e à sociedade gaúcha — destaca Nelson Sirotsky, publisher e membro do Conselho da RBS, que assina o prefácio.
Marcando os 60 anos de Zero Hora, completados em maio, o livro materializa o papel da atividade jornalística para o combate à corrupção e a essência investigativa da RBS.
— Poucas redações do mundo investem em investigação – e que, muitas vezes, mesmo após meses de tentativas, não resulta em nada. Investe-se menos ainda em um grupo “blindado” de jornalistas investigativos. Ao mesmo tempo, a relevância e a credibilidade que a investigação confere a marcas jornalísticas é imensurável, pelo poder de transformar na sociedade aquilo que está errado e de contribuir efetivamente para as comunidades resolverem seus problemas — afirma a curadora da obra e diretora-executiva de Jornalismo e Esporte da RBS, Marta Gleich.
Inspirado no modelo consagrado pela equipe Spotlight, do jornal americano Boston Globe, o GDI foi criado em 2016. Quase oito anos depois, o grupo soma centenas de investigações veiculadas, que motivaram a abertura de apurações por diferentes órgãos oficiais e conquistaram dezenas de prêmios estaduais e regionais. Além de Nelson Sirotsky e Marta Gleich, assinam a obra os repórteres investigativos Adriana Irion, Carlos Rollsing, Giovani Grizotti, Humberto Trezzi e Rodrigo Lopes; o atual coordenador da equipe e editor-chefe do Diário Gaúcho, Diego Araujo; jornalistas que já estiveram à frente do grupo, como Carlos Etchichury, Dione Kuhn, Jaime Silva e Rodrigo Müzell; a consultora jurídica Débora Dalcin; e o presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e membro do Conselho Editorial da RBS, Marcelo Rech.
— Mais do que abordar as reportagens que construíram a história do GDI, o livro se torna importante porque mostra o modo de produção, o método de trabalho e o sistema como o grupo se organiza para construir as matérias, checar as informações e editar conforme as peculiaridades de cada veículo. É um modelo que pode servir de subsídio ao estudo acadêmico e também para a montagem de novas equipes de investigação — ressalta Araujo, que assumiu a coordenação do GDI em junho de 2023.
Desde a sua concepção, a equipe mescla perfis complementares entre si, unindo repórteres com larga experiência em jornalismo de dados, outros que dominam as técnicas da infiltração jornalística, outros focados em fontes na área política e profissionais com maior trânsito na área policial. Formado por integrantes das redações de GZH, Zero Hora, Diário Gaúcho, RBS TV e Gaúcha, o GDI reforça a relevância e a contundência do jornalismo da RBS, abordando temas plurais e explorando diferentes formatos e plataformas.
Sessão de autógrafos
- Dia 15/7, a partir das 18h30min, no foyer do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº), em Porto Alegre, aberto ao público
- O livro estará à venda no local por R$ 59,90