Desde o último sábado (16), o Rio Grande do Sul registrou ao menos oito mortes por afogamento. Todas aconteceram em pontos sem a presença de guarda-vidas. As vítimas tinham idades entre 15 e 29 anos.
Porto Alegre
O Corpo de Bombeiros confirmou na manhã desta terça-feira (19) que um adolescente de 16 anos morreu afogado no final da tarde de segunda-feira (18) no bairro Hípica, na zona sul de Porto Alegre. A guarnição foi acionada por volta das 18h45min.
O adolescente, que não teve a identidade revelada, estava se banhando em um pequeno arroio da região. Uma equipe de mergulho foi até o local e encontrou a vítima já sem vida.
Dois Irmãos
Em Dois Irmãos, no Vale do Sinos, dois adolescentes morreram afogados enquanto se banhavam em uma cascata. As vítimas foram identificadas como Miguel de Oliveira da Rosa, 15 anos, e Emilin Augustin Duarte, 15. Os dois foram resgatados por equipes do Samu e da Brigada Militar, mas não resistiram.
Os afogamentos aconteceram um dia após a morte de outro jovem, no mesmo lugar. Bruno Kauã Ribeiro Rocha também se banhava com amigos quando sumiu nas águas. Mergulhadores de Porto Alegre encontraram o corpo em um ponto com 12 metros de profundidade.
O prefeito de Dois Irmãos, Jerri Adriani Meneghetti, afirmou que não é permitido tomar banho nesta cachoeira.
— Fica dentro de um parque municipal, é um local preservado, com animais silvestres como bugios. Mas não é balneário. É impróprio para banho por causa dos riscos de afogamento e para manutenção da fauna — destacou Meneghetti.
Paverama
Em Paverama, um homem de 29 anos morreu afogado em uma cachoeira próximo à Rua Reinaldo Markus, no interior do município. Marcos Vinícius Dias Vieira nadava com amigos, na tarde de domingo (17), quando desapareceu. Os bombeiros foram acionados e o corpo foi localizado na segunda-feira.
Gravataí
Já em Gravataí, na Região Metropolitana, um adolescente de 16 anos se afogou na chamada lagoa número 10, no bairro São Vicente, por volta das 19h de domingo. Ele foi identificado como Diogo Ribeiro Pereira.
Candelária
No município de Candelária, no Vale do Rio Pardo, equipes do Corpo de Bombeiros Voluntários encontraram o corpo de Caio Alexandre da Silva, 18 anos, na segunda-feira. Ele estava desaparecido desde a tarde de domingo. Ele foi encontrado na localidade conhecida como Figueira, no bairro Costa Norte.
Osório
Em Osório, no Litoral Norte, um jovem de 18 anos, morreu na tarde de sábado (16). Ele foi identificado como Guilherme Rocha Barbosa e desapareceu enquanto se banhava na companhia da namorada em uma jazida desativada.
Cuidados para evitar afogamentos
Tanto para o banho em água salgada quanto em água doce, os bombeiros destacam que é preciso cuidados antes de entrar na água. Em entrevista ao Estúdio Gaúcha dessa segunda-feira, a capitã Betina afirmou que a primeira orientação é ir em lugares que tenham guarda-vidas, mas citou outros cuidados caso a escolha não tenha supervisão de equipes treinadas.
— Os locais no interior dos municípios e açudes, por exemplo, as pessoas geralmente não conhecem e são os que apresentam mais riscos. Alguns cuidados básicos que a gente pode tomar quando a gente frequenta esses locais que sempre perguntar antes para alguém que já foi como é o local, qual é a profundidade da água. E também nunca nadar sozinho porque se a gente tá acompanhado a gente consegue pedir ajuda para essa pessoa — destaca.
Outras dicas são: nunca ultrapassar o limite da água na altura da cintura, principalmente em locais de profundidade desconhecida; nunca tentar atravessar de uma margem à outra, no caso de banho em rios ou lagos; tomar cuidado ao usar objetos flutuantes, que podem levar a áreas de profundidade desconhecida, principalmente com os pequenos.
— As crianças precisam de supervisão constante mesmo num local com a presença de guarda-vidas ou que seja em casa, numa piscina. Qualquer que seja o tamanho da piscina, a criança tem que ter supervisão constante — ressalta a capitã.
E no caso de presenciar um afogamento, a dica para quem não sabe nadar ou não tenha qualquer tipo de treinamento aquático é chamar a emergência pelo telefone 193.
— Quando a pessoa não tem qualquer tipo de treinamento, e vai tentar realizar esse salvamento, ela vira outra vítima. Então o importante é chamar o Corpo de Bombeiros na primeira oportunidade e tentar jogar algum tipo de equipamento de flutuação para que essa pessoa pare de ficar se debatendo na água — finaliza.