Realizado entre segunda (2) e quarta-feira (4) em Gramado, na serra gaúcha, o 5º Simpósio Brasileiro de Metalogenia abordou avanços na pesquisa mineral e discutiu projeções e desafios para o setor em todo o país de acordo com o Plano Nacional de Mineração 2050 - documento destinado a nortear as políticas públicas voltadas a essa área.
Entre os temas das palestras, se destacaram o uso crescente de inteligência artificial, a integração entre academia e indústria, a oferta de recursos minerais para a agroindústria e a transição energética, entre outros assuntos emergentes.
— Também damos ênfase aos trabalhos com uso de inteligência artificial, que geram importantes mapas de prospectividade em províncias com potencial para terras raras (onde há certos elementos químicos encontrados na natureza), estanho, lítio, urânio e cobre, e ressaltamos a importância da discussão do Serviço Geológico do Brasil (SGB) sobre novos caminhos para fomentar novas parcerias entre universidades, indústria mineral e governo — afirmou a chefe do Departamento de Recursos Minerais do SGB e palestrante Maisa Abram.
Já o diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB, Valdir Silveira, abordou a utilização de minerais estratégicos para a transição energética e segurança alimentar.
— Saber o que os vários atores estão fazendo em suas respectivas áreas, para vários tipos de bens minerais, é muito agregador. Somos mais de 30 técnicos com trabalhos de alto nível científico apresentados no evento — sustentou Silveira.
O simpósio na Serra contou ainda com cursos, participação de cientistas e profissionais internacionais, área de exposição e foi promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em conjunto com a Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e contou com apoio da Society of Economic Geologists.