Um novo levantamento da Defesa Civil regional da Fronteira Oeste aponta que 6.329 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas em Uruguaiana, São Borja, Itaqui e Barra do Quaraí. A situação mais preocupante é em Uruguaiana, onde há 3.922 pessoas afetadas ( 222 desabrigados e 3700 desalojadas) e o Rio Uruguai segue em elevação. A última medição apontou 11m92cm. São mais de três metros acima da cota de inundação, de 8m50cm.
Por conta da cheia, os distritos de São Marcos e Aferidor estão com os acessos por via terrestre bloqueados pela água. Equipes da Defesa Civil do município só conseguem acessar os locais de barco. A previsão é de que o nível do rio estabilize somente no sábado.
São Borja
Em São Borja, o nível do Rio Uruguai está em declínio, mas 1.364 pessoas foram afetadas. São 1.184 desalojadas e outras 180 desabrigadas. A última medição registrou 13m50cm. São 4m50cm acima da cota de inundação.
Itaqui
Já em Itaqui, 982 pessoas foram afetadas. São 923 desalojados e 59 desabrigados. Apesar de estar acima da cota de inundação, com 12m59 cm, o nível é considerado estável e deve começar a baixar a partir de quinta-feira.
Barra do Quaraí
No município de Barra do Quaraí, a inundação ocorre em decorrência da cheia do Rio Quaraí, que está 1m24cm acima da cota de inundação. Trinta e duas pessoas estão em residências de parentes ou amigos e nove estão no abrigo Cozinha Comunitária.
Por que o rio segue em elevação
De acordo com o coordenador da Defesa Civil regional na Fronteira Oeste, capitão Luís Sandro de Souza Martins, o rio continua subindo mesmo sem chuva por causa da extensão da bacia do Rio Uruguai.
— Tudo tem seu prazo, seu tempo no decorrer do rio, as distâncias que a água percorre. São Borja está em declínio, já baixou mais de um metro. Mas esse reflexo da água de São Borja, que está muito acima, está chegando. O curso da água e a velocidade da água são lentos. O reflexo em Uruguaiana, dessa diminuição em São Borja, demora vários dias — relata.