A Secretaria de Assistência Social decidiu ampliar, nesta segunda-feira (11), o atendimento nos municípios mais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Além de estar operando no chamado Centro Regional de Ação de Recuperação, do governo gaúcho, em Encantado, a pasta instalou outras cinco equipes em Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Muçum, Roca Sales e Santa Tereza.
O objetivo é agilizar o acolhimento e o cadastramento de quem foi afetado pelas chuvas na semana passada. Muitos perderam praticamente tudo o que tinham: moradia, móveis, eletrodomésticos, roupas, mantimentos. De acordo com a Defesa Civil, mais de 25 mil pessoas tiveram que sair de casa em algum momento, somando-se aos números de desabrigados e desalojados.
As equipes da Secretaria de Assistência Social recebem o apoio da Força Estadual do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esse grupo, composto por servidores de cidades não atingidas, é formado em momentos de calamidade pública e durante emergências reconhecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.
— A gente está com as equipes fazendo o acolhimento das pessoas que estão vulneráveis neste momento e também buscando preencher o formulário do Programa Volta Por Cima. O governador Eduardo Leite nos pediu agilidade para o pagamento do auxílio, para que os recursos sejam colocados à disposição das pessoas que estão nos nossos cadastros como pobres e extremamente pobres — afirmou o secretário Beto Fantinel.
Além das equipes fixas, dois grupos devem percorrer outros municípios, prestando apoio técnico. A missão da Secretaria de Assistência Social também visa identificar os danos na estruturas públicas utilizadas na prestação de serviço, como Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
— Estamos trabalhando com o Conselho Estadual do Idoso para que possamos aprovar um recurso extra para atender essas instituições afetadas — disse o secretário.
A pasta deve percorrer os municípios atingidos para identificar estabelecimentos do tipo que precisem de reconstrução. Em Muçum, um lar para idosos foi invadido pela cheia do Rio Taquari e 22 internos tiveram de ser removidos para um hospital.
— Em Muçum, por exemplo, a gente não sabe como vamos proceder, se vamos buscar parceria para retirar a ILPI daquele ponto e transferir para um lugar mais seguro — comentou Fantinel.
Na busca pelas ILPIs atingidas, a secretaria já constatou a necessidade de fraldas geriátricas e medicamentos para as instituições.
Apoio para retomada
Apesar do foco da assistência social estar voltado às pessoas cadastradas como pobres ou extremamente pobres, a secretaria estadual destaca a importância de auxiliar até quem não se enquadra nesses perfis. De acordo com o secretário Beto Fantinel, existe um grande esforço para evitar que mais pessoas caiam na pobreza a partir das perdas provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul:
— Muitas delas tinham condições e perderam toda possibilidade de suprir o seu sustento, perderam a própria residência. O que a gente não pode é não atender essas pessoas e elas acabarem caindo no nosso Cadastro Único. Isso a gente não quer. A gente quer auxiliar para que elas possam retomar suas vidas, suas atividades, a partir da participação do poder público estadual em parceria com as forças da comunidade que se colocam à disposição.