Uma empregada doméstica de 67 anos foi resgatada em uma residência em Canoas sob suspeita de trabalho análogo à escravidão. A ação faz parte de uma operação conjunta realizada ao longo da última semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). O fato foi divulgado neste domingo (14).
Segundo os órgãos, a mulher trabalhava na residência há 47 anos sem receber salários. Além disso, ela não possuía carteira assinada. Nenhuma pessoa foi presa. Detalhes sobre quem mora no local não foram divulgados.
Após o resgate, foi elaborado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para tratar das questões salariais, verbas rescisórias e indenização por dano individual. O Ministério do Trabalho e Emprego providenciou o pagamento do seguro-desemprego da trabalhadora. Além disso, foi encaminhada a sua aposentadoria.
A operação ocorreu entre os dias 8 e 11. Foram feitas vistorias também em endereços em Porto Alegre, Eldorado do Sul, além de um sítio em Triunfo. Nesses locais, foram averiguadas as situações de outra empregada doméstica, uma cuidadora de idosa e um caseiro. Em todos os casos, foram registradas irregularidades trabalhistas, mas sem trabalhos que se assemelha à escravidão.