Os bombeiros resgataram na quinta-feira (1º) o corpo da segunda vítima do deslizamento da BR-376, no Paraná. A morte já estava confirmada, mas as equipes ainda não tinham conseguido chegar ao corpo — o que exigiu dois dias de trabalho — e, por isso, não haviam identificado a vítima. O deslizamento aconteceu no início da noite de segunda-feira (28 de novembro). Até esta quinta, foram confirmadas duas mortes e seis pessoas foram resgatadas com vida do local.
Após a remoção, a vítima foi identificada como Márcio Rogério de Souza, 51 anos, segundo o g1. A irmã de Souza, Marina de Souza Iavorski, foi ouvida pelo Estadão, antes da confirmação da morte dele, e disse ter identificado o veículo conduzido por Márcio, que era caminhoneiro, entre os soterrados na BR-376.
De acordo com ela, o irmão, que deixa três filhos, seguia de Joinville (SC) em direção a Curitiba, na segunda-feira, com o caminhão vazio. Ele faria o carregamento na capital paranaense. Marina contou que falou com Márcio pouco antes do deslizamento:
— Nós conversamos cerca de meia hora antes, eu mandei um print para ele, dizendo que estava tendo deslizamento ali na serra. Aí não falei mais. Mandei mensagem umas 9 horas da noite (de segunda) e ele não recebeu mais.
Na quinta-feira, as equipes do Corpo de Bombeiros e da concessionária Arteris Litoral Sul começaram a remover a terra da pista, no local do deslizamento. Somente pela manhã, cerca de 7 mil metros cúbicos foram retirados da BR-376, com uso de maquinário pesado. Isto permitiu a liberação da via no sentido norte e o avanço na operação de resgate, com a remoção do corpo da segunda vítima.
No fim da tarde, o governo do Estado do Paraná informou que o volume de terra era elevado na pista sul, o que tornava a operação sensível. A remoção dos veículos visíveis desde o início do atendimento foi concluída, segundo o Executivo estadual. Seis caminhões e cinco veículos de passeio foram encontrados.
Inicialmente, as autoridades paranaenses estimavam que houvesse cerca de 30 desaparecidos no local. Agora, afirmam que o número é menor, mas não divulgaram nova estimativa. A primeira morte confirmada no local, ainda na noite da segunda-feira, foi a de João Maria Pires, de 60 anos. Ele era caminhoneiro e morador de São Francisco do Sul (SC).