Por volta de 16h desta terça-feira (20), o som semelhante a de uma forte explosão causou estranhamento e preocupação a moradores de diversas cidades localizadas entre a Região Metropolitana e o Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Nos municípios de Glorinha e Gravataí, pessoas afirmam que paredes e janelas estremeceram com o estrondo.
Em Imbé, Xangri-lá e Atlântida Sul também houve apreensão com a forte rajada sonora. Houve relatos de que a suposta explosão foi ouvida até mesmo de dentro da Arena do Grêmio. Em questão de minutos, uma série de teorias tomaram conta das redes sociais e aplicativos de mensagens.
Entre as hipóteses levantadas, as mais citadas foram: a explosão de um transformador; o uso de explosivos em uma pedreira; a explosão de uma tubulação da Petrobras em Morungava; um acidente de trânsito; aviões da base aérea de Canoas e até mesmo a queda de um meteoro.
Os corpos de bombeiros de Canoas e de Gravataí não receberam chamados. O 17º Batalhão de Polícia Militar de Gravataí e o 15º BPM, de Canoas, também não foram acionados. Nas rodovias federais e estaduais não havia registro de acidentes que pudessem causar o estrondo. Conforme o professor Carlos Jung, do Observatório Espacial Heller & Jung, de Taquara, no Vale do Paranhana, nenhum meteoro caiu sobre a região durante a tarde desta terça-feira.
Durante a noite, a Força Aérea Brasileira (FAB) esclareceu o mistério. Em nota, a Aeronáutica explicou que o som foi causado por uma aeronave de caça F-5 que, durante treinamento, ultrapassou a barreira do som - 340 metros por segundo (1.200 km/h), aproximadamente - na região do litoral, área de treinamento designada para realização deste tipo de voo.
O texto explica que a aeronave realizava treinamentos de rotina na região de Canoas e reitera que "os voos foram realizados dentro dos padrões de segurança previstos."