A Polícia Civil confirmou os nomes dos mortos no incêndio que atingiu o Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat). O fogo começou na noite de quinta-feira (23) e se estendeu até a manhã desta sexta (24). A lista foi fornecida pela instituição e também consta na Assistência Social do município.
As vítimas do incêndio são:
- Sebastião dos Santos, 59 anos, de Alto Alegre;
- Idemar dos Reis, 60 anos, de Carazinho;
- Luciano Serafim Lemos, 49 anos, também de Carazinho;
- Avelino Tim, 70 anos, de Campos Borges;
- Oscar Duranti, 58 anos, de Constantina;
- César Dutra de Andrade, 58 anos, de Espumoso;
- Gilberto Soares dos Santos, 44 anos, de Não-Me-Toque;
- Gilberto Almeida de Oliveira, 37 anos, de Passo Fundo;
- Luiz Eduardo Ribeiro, 32 anos, de Santa Cruz do Sul;
- Deive da Silva, 47 anos, também de Santa Cruz do Sul; e
- Adair José Langaro Nascimento, 29 anos, de Vila Langaro.
Deive da Silva era monitor e um ex-interno, tratado na clínica, que foi contratado pela administradora do Cetrat. O monitor tinha o molho de chaves para acesso ao prédio.
Não havia pacientes internados compulsoriamente, segundo a prefeitura.
— Todos vinham se tratar de forma espontânea — conta a diretora da assistência social da prefeitura de Carazinho, Aline Zirbes.
Inicialmente, a principal suspeita da investigação sobre a origem das chamas é a fiação elétrica do imóvel.
— Um dos internos que sobreviveu disse que estava assistindo o jogo (CSA x Grêmio) e ouviu estouros na fiação elétrica. E disse que esses barulhos eram recorrentes. As marcas são bem ali onde ouviu o barulho, perto da porta do dormitório — detalha o delegado regional Jader Duarte.
A clínica era de construção mista, e pouco restou da peça de madeira onde dormiam os internos. Com o fogo, o piso cedeu e eles caíram para o subsolo, área com um fogão e outras camas. Do pátio, é possível ver janelas de ferro retorcidas.
— Vamos trazer o sobrevivente para cá e pedir para ele dizer se foi por ali que fugiram, entortando os ferros — complementa o delegado regional.
Três pessoas sobreviveram fugindo pelas basculantes, segundo a Polícia Civil. Outro sobrevivente estava no andar de baixo e conseguiu deixar a instituição.
A polícia também apura se o alvará estava em dia e se havia extintores para conter uma ocorrência dessa magnitude.