Apesar de os rios terem parado de subir, 78 famílias seguem fora de casa na região da Fronteira Oeste. Os dados são do boletim mais recente da Defesa Civil, divulgado na manhã desta quarta-feira (11).
Dos quatro municípios ainda afetados, três são banhados pelo Rio Uruguai, que na última sexta-feira (6) transbordou nas áreas mais baixas. Segundo a sala de monitoramento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o rio ainda está acima da cota de inundação, mas já apresenta declínio. Em São Borja 10 famílias se encontram em abrigos municipais, o que representa aproximadamente 36 pessoas. Outras 14 famílias estão em casas de parentes (desalojadas).
Em Uruguaiana, 10 famílias estão desabrigadas e outras 14 desalojadas. No total, 88 pessoas continuam sofrendo os impactos das cheias na cidade. Já em Itaqui, apenas duas famílias permanecem em abrigos. Outras 14 estão morando em outras residências.
No município de Alegrete, após duas semanas, o Rio Ibirapuitã começa a retornar ao nível normal e, segundo a Defesa Civil municipal, não há mais pessoas nos abrigos disponibilizados pela prefeitura. No entanto, 25 famílias, cerca de 100 pessoas, ainda não voltaram para casa.
— Algumas famílias resolvem ficar em casas de parentes. Muitas ligam pra nós pra saber se já é possível retornar, mas outras ainda tem receio — explica o coordenador da Defesa Civil de Alegrete, Renato Grande.
Apesar da nova onda de instabilidade que atinge parte do território gaúcho, autoridades da sala de monitoramento não registram grandes acúmulos que possam afetar o volume das bacias hidrográficas nos próximos dias. A previsão é que os rios mantenham a condição de estabilidade ou declínio.