O temporal que atingiu o Rio Grande do Sul provocou falta de luz, alagamentos e destelhamentos no Estado na segunda-feira (25). Na Fronteira Oeste e em parte da Campanha, os municípios de Quaraí, Uruguaiana e Santana do Livramento foram os mais atingidos.
Em Quaraí, um jovem de 18 anos morreu após ser atingido por um raio. A vítima foi identificada como Lucas Emanuel Ribeiro Pinto, soldado do 5º Regimento de Cavalaria Mecanizado. Na região, há ainda registro de enxurradas que atingiram casas ribeirinhas.
Na Região Central, oito pessoas precisaram sair de casa e estão desalojadas em Cachoeira do Sul. Na cidade, seis casas ficaram parcialmente destelhadas com as chuvas.
Em Uruguaiana, a área mais afetada foi o bairro Boa Vista. Já em Santana do Livramento, o ponto mais crítico de alagamentos foi na Avenida João Belchior Goulart.
Conforme a Defesa Civil da região de Uruguaiana, que abrange 24 municípios, não há famílias desalojadas ou desabrigadas na área.
A Fronteira Oeste também concentra pontos sem energia elétrica. A RGE indicou que danos na rede, principalmente por galhos e objetos arremessados sobre fios, prejudicavam o abastecimento de luz nos Vales do Sinos, do Taquari e do Rio Pardo e na região Central. A concessionária ainda não tem previsão de retorno do serviço.
Na Região Metropolitana, um balanço da CEEE registrava pouco mais de nove mil clientes sem luz até às 7h. Na Capital, parte do bairro Santana, na Zona Leste, seguia com falta de energia até o início da manhã desta terça-feira (26). A interrupção foi causada por um curto-circuito na fiação da Rua Jacinto Gomes, ainda na noite da segunda-feira.
Conforme a CEEE Equatorial, os trabalhos feitos no local deram conta apenas de livrar a situação de risco, mas não de normalizar o abastecimento de energia. A concessionária declarou que depende da ação do Corpo de Bombeiros para restabelecer a luz no bairro.
Moradores de diferentes bairros de Porto Alegre também relataram falta de luz ainda na manhã desta terça-feira (26). No Bairro Passo D'areia, na zona norte, Gislaine Aramburu está sem energia desde às 20h15min em uma das ruas paralelas à Avenida Assis Brasil. O mesmo acontece no Jardim Botânico, onde mora Rafael Lokschin. Ele abriu um protocolo de atendimento na CEEE às 20h30min, mas seguia sem luz nove horas depois. Segundo Lokschin, a interrupção na energia elétrica é frequente quando chove. Na zona sul, os depoimentos são semelhantes nos bairros Camaquã e Nonoai.