O boletim de previsão de riscos de eventos geo-hidrológicos emitido para a segunda-feira (4), pelo Centro Nacional de Monitoração e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) destaca a possibilidade "alta" de inundações, enxurradas e alagamentos na mesorregião metropolitana do Rio de Janeiro (incluindo Petrópolis) e no sul fluminense. O Estado foi atingido por chuvas intensas nos últimos quatro dias, com deslizamentos e registros de 16 mortos, a maioria em Angra dos Reis e Paraty. A busca por desaparecidos continua.
"A previsão indica a continuidade de pancadas de chuva. Somado aos elevados acumulados preexistentes, o cenário de risco hidrológico nestas áreas tende a se agravar devido às características do relevo, córregos canalizados e alta vulnerabilidade da região", aponta. A classificação é a mesma para o litoral norte paulista e o Vale do Paraíba.
Além disso, quase todo o território do Rio de Janeiro e parte do litoral norte de São Paulo estão com alerta de "perigo" até as 11 horas de segunda-feira (4) no sistema de notificação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para "acumulado de chuva". Há chuva entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco, segundo o Inmet.
Pelo menos sete pessoas são consideradas desaparecidas pelo governo estadual e seguem sendo buscadas pelos bombeiros — seis em Angra dos Reis, e uma em Paraty. O governador do RJ, Cláudio Castro criou um gabinete de crise para gerir a situação na Costa Verde. O grupo conta com a participação de várias secretarias.
— Estou em contato direto com o prefeito Fernando Jordão, de Angra dos Reis, desde anteontem (sexta-feira). A Prefeitura de Angra montou um abrigo em uma escola e nós já vamos dar toda a assistência às famílias — afirmou Castro em visita à região, neste domingo.