Há 10 meses fechado, o Aeroporto Lauro Kortz, em Passo Fundo, no norte do RS, segue sem previsão para retomar as atividades. Desde novembro do ano passado, o local passa por obras na pista de voo, que em 11 de janeiro deixou de receber aeronaves. A previsão inicial para a abertura da nova estrutura era 12 de maio, mas questões burocráticas impediram que isso ocorresse.
A data chegou a ser adiada para julho, o que novamente não se confirmou, já que a compra dos equipamentos teve de passar pela análise da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A avaliação segue em andamento e é o principal entrave para a conclusão das obras.
Conforme o Departamento Aeroportuário do Rio Grande do Sul (DAP), vinculado à Secretaria Estadual de Transportes e Logística, o órgão federal ainda não informou quando que o documento que viabiliza a operação do aeroporto será entregue. A reportagem de GZH entrou em contato com a Anac, mas ainda não obteve retorno.
Sem receber voos desde janeiro, moradores da região que precisam se deslocar para outros Estados têm enfrentado problemas logísticos, precisando percorrer 290 quilômetros até Porto Alegre para poder viajar. As principais companhias aéreas, como Gol e Azul, informaram que só pretendem iniciar novas operações na cidade a partir de 2022.
Na última quarta-feira (10), o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, esteve na sede do DAP para cobrar o andamento do processo. Ele diz ter sido informado pelos técnicos que, dos 20 pontos a serem reconsiderados pelos técnicos, 18 já foram liberados.
— Somos os principais interessados nessas obras, mas temos de olhar para o lado cheio do copo. Das três cidades gaúchas que receberam investimento do Ministério da Infraestrutura (Passo Fundo, Caxias do Sul e Santo Ângelo), somos o único município cujo projeto já saiu do papel — afirma o prefeito.
A obra de ampliação da pista tem um investimento de mais de R$ 50 milhões, sendo que R$ 43 milhões foram destinados pelo governo federal. Com a concretização do projeto, a estimativa é de que cerca de 300 mil passageiros sejam atendidos por ano até 2030, com a possibilidade de operação de aeronaves de grande porte.