Após um incêndio em uma subestação afetar o fornecimento de energia elétrica no Amapá, impondo 21 dias de restrições no abastecimento, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda reduzir o valor da tarifa cobrada dos consumidores .Contratualmente, a agência reguladora tem até o próximo dia 30 para anunciar o percentual de reajuste tarifário anual.
A discussão do assunto estava pautada para ocorrer durante a reunião extraordinária que a diretoria da Aneel realizou esta manhã, mas acabou não acontecendo porque o relator do processo, o diretor Sandoval Feitosa, pediu mais tempo para analisar o tema.
— Entendi que este era o encaminhamento mais recomendado — disse Feitosa ao justificar seu pedido para que a proposta de suspensão do processo de reajuste tarifário e de prorrogação das tarifas em vigor não fosse votada hoje.
— Obedecendo a todas as regras tarifárias e regulamentos da agência, avaliaremos a possibilidade de, ao processar o reajuste tarifário, obter, em média, uma suave redução das tarifas — assegurou o diretor-relator, garantindo que levará em consideração as necessidades operacionais da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), estatal amapaense responsável pela distribuição de energia elétrica em todo o estado.
Feitosa mencionou que, antes de decidir pedir um novo prazo para apresentar seu voto, se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que teria manifestado sua preocupação com a situação.
Anunciada a retirada de pauta do item e o consequente adiamento da decisão, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, destacou a necessidade de rapidez na resolução do assunto. Também para Pepitone, há grandes chances de que, cumpridos os itens do processo tarifário, a agência reguladora autorize uma diminuição dos valores cobrados dos consumidores amapaenses pelo serviço.
— Diante das regras que seguimos, há um forte indício de que o cenário, no Amapá, é de redução tarifária — comentou Pepitone.
— E sem nenhuma alquimia. Seguindo as regras que esta agência já pratica. Seguindo a tecnicidade, os pareceres da Procuradoria jurídica e as manifestações de nossas superintendências técnicas — concluiu o diretor-geral, sem estabelecer prazo para que o assunto volte à pauta.