Dois dias após a passagem de um ciclone-bomba causar falta de energia elétrica em praticamente todas as regiões do Estado, 46,8 mil clientes seguem sem o serviço no Rio Grande do Sul. Os números foram atualizados pelas concessionárias de energia no fim da manhã desta sexta-feira (3) – até a noite passada, eram 57 mil.
Na manhã de quarta-feira (2), o total de pontos atingidos chegou a 895 mil. A ventania causada pelo ciclone-bomba destelhou casas e derrubou árvores e postes, causando danos à rede elétrica.
A área mais afetada é a da RGE: são 28,8 mil clientes desabastecidos em toda a área de concessão. A maioria está nas regiões de Erechim, Lagoa Vermelha, Caxias do Sul, Vacaria e Gramado.
A RGE não informa um prazo para a normalização do serviço. Conforme a nota enviada à imprensa, as equipes estão mobilizadas para restabelecer o fornecimento de energia, mas “a complexidade dos danos, a dificuldade de acesso em alguns locais, estradas fechadas e outros obstáculos dificultam o trabalho, o que pode demorar mais tempo para a normalização do serviço”.
Na área da CEEE, são 18 mil – 97% das interrupções já foram solucionadas, e as equipes seguiram trabalhando durante a madrugada. A região mais afetada é o Litoral Norte, com 14 mil clientes sem energia (somente Imbé soma 3 mil). Na Região Metropolitana, o número chega a 1 mil, sendo que Viamão concentra a maior parte dos casos.
Na quinta-feira (2), a CEEE chegou a projetar que todos os clientes teriam o serviço retomado até o fim do dia, mas isso não ocorreu. A explicação, segundo a companhia, é que há um grande número de casos pontuais e isolados, principalmente em Viamão e em Porto Alegre.
Os casos pontuais são aqueles em que cada serviço feito pelos técnicos restabelece a energia para um número pequeno de clientes – eles estão distribuídos em diversas áreas dos municípios. Já os casos isolados se referem àqueles em que é necessário um serviço para um único cliente.
A CEEE diz que os técnicos estão trabalhando o mais rápido possível e dentro dos limites de segurança. No entanto, não forneceu nova previsão para a normalização total.