Pelo menos 1.119 pessoas estão desalojadas em 19 cidades do Estado em razão dos estragos causados pelo ciclone-bomba que atingiu o RS entre a noite de terça-feira (30) e a madrugada desta quarta-feira (1º), segundo boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual às 12h. O município com mais pessoas fora de casa por danos às residências é Vacaria, com 520, seguido de Capão Bonito do Sul, com 400.
A maior parte das cidades sofreu com vendaval e chuva forte. Em São Sebastião do Caí, o grande problema é o alagamento, em razão da cheia do Rio Caí. Às 3h, foi feita a remoção das famílias para o Ginásio Centro integrado Navegantes. No local, foi medida a temperatura de todos, mantido o afastamento de 3 metros e feita a entrega de máscara, em razão da pandemia de coronavírus.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Júlio César Rocha Lopes, informou que as equipes do órgão estão nas ruas desde a madrugada, auxiliando os atingidos, com distribuição de mais de 3 mil metros quadrados de lona e orientação.
Segundo Rocha Lopes, o epicentro do ciclone na manhã desta quarta é o Litoral Norte, Sul e parte da Região Metropolitana. A previsão repassada pela área técnica da Defesa Civil é de que o vento e a chuva diminuam após as 9h, restando somente a temperatura mais fria.
Sobre ajuda neste momento, o coordenador lembrou que o Estado vive a pandemia de coronavírus e que o ideal é que as pessoas não se aglomerem:
— As pessoas ajudam ficando em casa. Se precisarmos de material em alguma comunidade, procuramos a prefeitura, que contata a população.
Em transmissão pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite garantiu que o Estado está mobilizando toda a estrutura envolvida para minimizar os transtornos:
— Estamos atuando, monitorando e acompanhando esses fatos para reduzir os transtornos. Mas, inevitavelmente, essa quarta-feira ainda vai ser de transtornos para boa parte dos cidadãos atingidos pelos efeitos desse evento climático do ciclone extratropical ou ciclone-bomba.