SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Profissionais da saúde fizeram um ato neste domingo (21) em defesa da vida e em homenagem às mais de 50 mil vítimas do novo coronavírus. Médicos, enfermeiros e outros trabalhadores colocaram cruzes brancas e faixas na praça Roosevelt, no centro de São Paulo.
A ação, coordenada pela Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia e a Rede Nacional de Médicos Populares, também alertou para os dados de mortes de profissionais da saúde pelo Covid-19.
"Somos o país do mundo com maior número de mortes de médicas e médicos (139 profissionais) e de enfermeiras e enfermeiros (190) por Covid-19", destacou carta-manifesto divulgada.
Os profissionais também classificaram como catastrófico o Brasil ter ultrapassado a marca de 50 mil óbitos neste sábado (20). "Alertar que a maior parte das mortes por Covid-19 em nosso país são evitáveis, caso o governo federal não tivesse uma posição genocida frente à pandemia", diz a carta.
Eles também destacaram ser contrários a "intervenção militar no Ministério da Saúde", as declarações hostis do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra os profissionais de saúde e exigiram mais segurança no ambiente de trabalho, com a disponibilização de mais EPIs (equipamentos de proteção individual) e reorganização do processo de trabalho nas unidades de saúde.