O Estado do Pará registra 354 vítimas fatais pelo coronavírus, além de 4.424 casos confirmados. Os números, confirmados pelo governador do Estado, Helder Barbalho, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta terça-feira (5), evocam a necessidade de tomar medidas mais duras — ainda que 2.242 pessoas tenham se recuperado da doença. De acordo com o chefe do Executivo estadual, há possibilidade de implementação do lockdown, modelo em que apenas o acesso a serviços essenciais seria permitido.
— O avanço da disseminação viral, o avanço dos casos e, acima de tudo, a pressão sobre o sistema de saúde, seja público, seja privado, exige que nós estejamos a cada instante apelando para que a população possa compreender que a única medida efetiva para diminuir essa disseminação viral é o isolamento social. E que nós possamos nos proteger, proteger os nossos familiares, as pessoas que amamos — disse.
De acordo com o governador, está sendo monitorado diariamente o percentual de adesão da população ao isolamento. O dado, de acordo com ele, será o responsável pela adoção de medidas mais restritivas no combate à covid-19. Barbalho ainda afirmou que está aguardando o relatório atualizado de segunda-feira (4) para que uma decisão nesse sentido seja tomada o quanto antes.
— Na última sexta-feira (1) fiz um último apelo à população de que nós precisávamos ampliar esse percentual, principalmente nas cidades onde a incidência da covid-19 salta aos olhos. Houve uma resposta no final de semana, no domingo chegamos a mais de 57% de isolamento, a população colaborou — contou. — Não havendo ampliação desse percentual, necessitaremos avançar no rumo do lockdown, apenas permitindo ações essenciais para a manutenção da vida das pessoas.
O governador citou que seria permitido o funcionamento de mercados, bancos, farmácias e casas lotéricas, além da preservação de serviços de segurança pública.
– Também (haverá) uma revisão da estratégia do transporte, seja particular ou coletivo — detalhou.
O Estado do Pará registrou a primeira morte pelo coronavírus em 19 de março, mas o diagnóstico só veio 13 dias depois, no dia 1º de abril. Além do próprio governador, o secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, também testou positivo para a covid-19.