FOLHAPRESS - O primeiro hospital de campanha do Rio de Janeiro teve suas obras concluídas neste domingo (19), mas ainda não está recebendo pacientes de Covid-19. A prefeitura diz que só vai começar a enviar doentes quando o hospital municipal de referência, o Ronaldo Gazolla, tiver com 70% dos 381 leitos programados cheios.
Hoje, essa ocupação está em 44%, com vagas sendo abertas conforme a necessidade. O ritmo tem sido acelerado, indicando uma forte alta na demanda: por exemplo, foram liberados nessa unidade 10 leitos na última terça, mais 10 na sexta, 16 no sábado e 16 nesta segunda, somando 206 vagas até agora.
O novo hospital de campanha fica no centro de convenções Riocentro, na Barra da Tijuca, e terá 500 leitos, sendo 100 de UTI. Para iniciar os atendimentos, o município aguarda também equipamentos que foram comprados da China antes da pandemia e ainda não chegaram, entre eles 806 respiradores e 700 monitores. Parte deve ser entregue na próxima semana, segundo a prefeitura.
O governo do estado está construindo outros dez hospitais de campanha ou modulares, que devem ficar prontos até o fim de abril com 2.000 leitos no total, sendo 990 de UTI. Os primeiros a serem inaugurados serão no Leblon (zona sul da capital) e no estádio do Maracanã (zona norte).
Atualmente, 90% dos leitos públicos reservados exclusivamente para a Covid-19 estão ocupados na cidade do Rio, considerando as redes municipal, estadual e federal e incluindo as vagas de enfermaria e UTI.
Diante da aproximação de um cenário de lotação, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) anunciou que publicará um edital nesta quarta (22) para contratar mil leitos na rede particular. O estado do RJ tem até esta segunda 4.899 casos confirmados e 422 óbitos por coronavírus, com outras 196 mortes em investigação.