Após oito horas de trabalho, bombeiros militares e voluntários encerraram o combate ao incêndio em uma empresa de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí. O fogo que destruiu a Matex Indústria de Artefatos de Madeira, localizada às margens da RS-122, iniciou logo após a meia-noite. Uma das suspeitas é que uma fagulha de fogos de artifício tenha dado início às chamas.
Quando soube que o incêndio tinha grandes proporções e que não seria possível combater apenas com a equipe de plantão, o comandante dos bombeiros voluntários de São Sebastião do Caí, Anderson Jociel da Rosa, estava a quase 100 quilômetros dali. Celebrava o Ano-Novo com a família em Arroio do Meio, município do Vale do Taquari. Ele abandonou a comemoração e voltou ao Vale do Caí para auxiliar os colegas. O mesmo fizeram outros bombeiros da região.
— A primeira guarnição chegou e percebeu a magnitude do incêndio. Começamos a chamar quem estava em casa. Larguei tudo e vim para cá, assim como outros colegas. Deixaram as famílias e vieram — relatou o comandante na manhã desta quarta-feira (1º), ao fim do trabalho.
Além dos bombeiros do município, mais sete equipes da região participaram do combate. Uma das principais preocupações era a possibilidade do incêndio se alastrar para outra empresa ao lado e para residências próximas.
— A primeira coisa que fizemos foi esse trabalho de prevenção porque tinha casas ao lado e nos fundos da empresa. Além de outra empresa do lado. Felizmente nenhum outro sofreu dano. Mas não foi possível fazer o salvamento da empresa, em razão do material altamente inflamável, que é a madeira. Só conseguimos salvar pequenas partes, aos fundos — disse o comandante.
Ainda segundo o bombeiro, populares relataram à equipe que o incêndio teve início logo após a queima de fogos da meia-noite — o que levou à suspeita de que isso tenha iniciado o incêndio, que teria se propagado rapidamente por conta dos pallets de madeira armazenados no local. No entanto, a causa só poderá ser confirmada após a realização da perícia.