As famílias que precisaram sair de casa devido à chuva forte que elevou o nível de rios do Estado precisarão esperar um pouco mais para poder retornar. Como há previsão de chuva para este fim de semana, a Defesa Civil dos municípios afetados opta por adiar o retorno às residências por precaução.
Levantamento feito por GaúchaZH neste sábado (9) aponta que 535 pessoas seguem fora de casa em seis municípios. Em cidades como São Sebastião do Caí e Lajeado, as famílias terminaram de retornar nesta sexta-feira (8).
Cachoeira do Sul, na Região Central, tem 134 pessoas nesta situação, sendo que 49 estão em abrigos municipais. Todas as famílias atingidas são do bairro Cristo Rei. Segundo o coordenador da Defesa Civil na cidade, Edson das Neves Júnior, o nível do Rio Jacuí está baixando lentamente.
— Como está demorando para baixar e tem previsão de chuva, achamos mais seguro mantê-las fora de casa. Se o rio continuar baixando nesta velocidade, as famílias devem voltar somente na próxima semana.
Em São Jerônimo, na Região Carbonífera, 260 pessoas permanecem fora de casa — são 200 desalojadas (acomodadas em casas de parentes e amigos) e 60 desabrigadas (levadas a abrigos municipais). No município, o ponto de encontro dos rios Taquari e Jacuí está 6m15cm acima do normal. Como há previsão de chuva, as famílias permanecerão fora de casa.
— Hoje a água parou de subir, mas, se chover, pode ser que o nível aumente de novo. Temos receio de de mandá-las de volta para casa porque, dependendo dos casos, teríamos que remover de novo — lamenta a coordenadora da Defesa Civil na cidade, Leni de Almeida.
Em Triunfo, também na Região Carbonífera, 11 pessoas de três famílias foram encaminhadas para abrigos municipais. A água ainda não saiu das casas em alguns pontos. A situação será reavaliada na próxima semana.
Em Lagoa Vermelha, volta para casa deve demorar
Em Lagoa Vermelha, no Norte, o problema não foi a chuva, mas o granizo e o vendaval que atingiram todo o município. Cento e vinte pessoas estão vivendo em casas de amigos ou familiares.
Quatro residências foram interditadas e, nas demais, há danos nos telhados. A Defesa Civil distribuiu lonas nos primeiros dias e, agora, distribui telhas para que as residências sejam reformadas.
— É difícil saber quando poderão voltar para casa, porque depende do conserto de cada uma (das casas)— diz o coordenador da Defesa Civil na cidade, Admilson Ferreira da Silva.
Em Guaporé, na Serra, três pessoas estão desalojadas e, em Faxinal do Soturno, na Região Central, sete. Nesses casos, as famílias perderam tudo e dependem do aluguel social para voltar a morar em outros locais.
O balanço da Defesa Civil divulgado na manhã deste sábado (9) aponta que 6,2 mil pessoas foram, de alguma forma, afetadas pelo mau tempo no Estado.