O incêndio que atingiu o Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira (12), deixou pelo menos 10 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros. Mais cedo, o prefeito Marcelo Crivella havia confirmado 11 vítimas fatais, mas a informação foi corrigida pela corporação militar. O Corpo de Bombeiros concluiu na madrugada desta sexta (13) o trabalho de buscas por vítimas dentro da unidade particular de saúde.
Havia mais de 100 pacientes no local no momento em que o fogo começou, e 90 deles tiveram que ser transferidos para outros hospitais. Durante a retirada, vários pacientes chegaram a ser acomodados na própria rua.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 17h50min de quinta-feira e enviou 12 viaturas e agentes de quatro quartéis ao edifício, que foi tomado por uma fumaça preta e espessa, como mostravam imagens gravadas por quem passava pela região. Por volta das 20h30min, os bombeiros informaram que o foco do fogo não era mais visualizado, mas eles ainda trabalhavam na evacuação do prédio.
Pessoas internadas nos centros de terapia intensiva (CTI), muitas delas idosas e em estado grave, foram retiradas ainda nas macas. Com colchões e lençóis, funcionários improvisaram leitos em ruas próximas, que foram bloqueadas.
"Todos os pacientes do CTI 1 já foram retirados e estão recebendo os primeiros atendimentos na rua Arthur Menezes. Nesse momento, os pacientes do CTI 2, que tem 20 leitos, também estão sendo retirados", afirmou a direção da unidade por volta das 20h nas redes sociais.
Curto-circuito
Segundo a direção do hospital, ao que tudo indica, o incêndio foi provocado por um curto-circuito em um gerador no subsolo do prédio mais antigo do Badim, que tem dois edifícios, um inaugurado em 2000 e o outro, em 2018.
O complexo tem no total 128 leitos de internação e mais de 60 médicos, mas ainda não se sabe quantas pessoas estavam no local do incêndio. O prédio novo conta ainda com emergência, centro cirúrgico, centro de diagnóstico por imagem e "day clinic" (internação breve).