Um servidor foi demitido por usar uma retroescavadeira da prefeitura de Cachoeira do Sul, na Região Central, para fins pessoais. Um processo administrativo foi aberto e concluiu que Tiago Souza da Silva usou o equipamento para carregar materiais que havia recebido por doação. Conforme o Executivo, o servidor estava afastado do trabalho desde que o caso foi descoberto, em março deste ano. Uma moradora da cidade gravou vídeos que flagraram Silva usando a retroescavadeira da prefeitura para levar galões de óleo, terra e areia para a casa dele.
Conforme a presidente da Comissão de Sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares do município, Juliana Redin Patel, três fatores culminaram na demissão do servidor: uso do cargo público para lograr proveito pessoal, uso de recursos da prefeitura em atividade particular e improbidade administrativa – no caso, uso de veículo do Executivo em atividades que não competem ao município.
A defesa de Tiago, feita pelo escritório Bahij Saleh Advogados, discorda da decisão, e afirma que tomará as medidas cabíveis.
O caso foi remetido ao Ministério Público. Outros três profissionais estão sendo investigados pelo mesmo caso. A suspeita é de que eles tenham ajudado o servidor nas irregularidades. Todos são vinculados à Secretaria de Obras.
Confira a íntegra da nota dos advogados de Silva
A defesa, feita pelo escritório Bahij Saleh Advogados, discorda da decisão administrativa. A uma: porque o PAD foi conduzido sem respeitar o devido processo legal, ferindo as garantias que são dadas ao servidor para o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, sendo nulo desde a sua instauração; a duas: porque ainda assim, no mérito, o servidor jamais poderia ter sido penalizado, de modo que a decisão não respeita o que prevê a legislação municipal, sendo desproporcional, dezarrazoada e meramente política. Serão tomadas as medidas judiciais e administrativas cabíveis.