Entre as cidades da Região Metropolitana que sofreram com a chuva que atinge o Rio Grande do Sul desde a noite de sexta-feira (26), São Leopoldo foi uma das mais atingidas. De acordo com a prefeitura do município, em aproximadamente 10 horas, a precipitação foi 150 milímetros. Isso fez com que, pela primeira vez, todos os arroios locais transbordassem.
O volume excessivo de água provocou pontos de alagamentos e 60 famílias tiveram suas residências atingidas. Algumas delas optaram por buscar refúgio com conhecidos ou familiares. Ao longo do dia, os alagamentos diminuíram e não houve a necessidade de remover mais pessoas.
De acordo com a prefeitura, foram organizados mutirões para minimizar os prejuízos causados pelo temporal desde a madrugada de sábado. Houve acúmulo de lixo nas ruas, prejudicando o sistema de drenagem.
A Defesa Civil de São Leopoldo atendeu diversas ocorrências contabilizando apenas danos materiais. Uma delas foi auxiliar o Corpo de Bombeiros na remoção de famílias na ocupação Steigleder, onde o nível da água esteve elevado.
Os desabrigados estão sendo alojados no Ginásio Municipal Celso Morbach. No início da noite deste sábado (27), seis famílias, totalizando 22 pessoas, estavam no local. Para o restante da noite, é esperada a chegada de mais 30 pessoas. Todas são acolhidas por equipes de assistência social, segundo a assessoria da prefeitura.
No mesmo local funciona o Banco do Agasalho, que cuida da distribuição de peças de roupas. A prefeitura pede que sejam feitas doações de alimentos não perecíveis, materiais de higiene pessoal e de limpeza doméstica, colchões, roupas de cama e cobertores. Há demanda também por fraldas, tanto adultas como infantis. Os materiais devem ser encaminhadas diretamente ao ginásio.
O prefeito Ary Vanazzi lamentou e classificou como dramática a situação da cidade.
— Tivemos muitos danos, principalmente na estrutura viária, e vamos levar um bom tempo para recuperar. Também houve situações de alagamentos em diversos pontos, apenas as partes altas da cidade não tiveram casas atingidas. A partir de segunda-feira (29), vamos identificar os pontos mais críticos do sistema de drenagem para fazer uma desobstrução. Também vamos acionar o Ministério Público para a reintegração de posse de casas localizadas em margens de arroios e valas de drenagem. Essas residências estão prejudicando o escoamento das águas quando chove muito — explicou o prefeito.
Com o recuo do nível de água, a coleta de lixo domiciliar deve ser normaliza na noite deste sábado. Para evitar transtornos, a prefeitura também solicita que não seja jogado lixo em espaços inadequados.
