Correção: o sino de 250 quilos foi furtado de capela em Araricá, e não roubado, como informado no título desta reportagem das 11h42min às 15h20min desta quarta-feira (10).
A comunidade de Porto Palmeira, no interior de Araricá, no Vale do Sinos, foi surpreendida na tarde de terça-feira (9) durante um momento de oração na Capela São Pedro: o sino de bronze de cerca de 250 quilos, que ficava no alto da torre do local, havia sido levado.
Os membros da comunidade só descobriram o furto quando tentaram tocar o sino durante a reza.
O padre Éverton Lopes de Souza, da Paróquia São Luiz Gonzaga, de Sapiranga, é o responsável por celebrar as missas em Araricá. Segundo o sacerdote, o objeto foi comprado há mais de 20 anos após mobilizações da comunidade.
O sino de bronze tem entre 50 e 60 centímetros de altura e custo estimado entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. Já a torre da capela tem entre 12 e 15 metros de altura.
— Eu mesmo toquei o sino na missa do último domingo de manhã, mas ontem as pessoas foram tocá-lo durante um momento de oração e não encontraram. Acreditamos que tenha sido levado neste período de tempo. Não temos nenhuma suspeita de quem possa ter feito isso, porque o sino é muito pesado. Até poderiam ter subido com uma escada, mas é difícil carregar o sino — relata.
De acordo com relatos de membros da comunidade, vizinhos ouviram ruídos na noite da última segunda-feira (8), mas acreditavam que tinham ouvido um barulho de pedras. A capela fica localizada em uma área rural, onde há poucos registros de crimes.
— Aqui a gente não é acostumado a ser assaltado, então isso assustou os moradores. Para a gente foi uma surpresa — conta Paulo Roberto Saraiva, morador da cidade.
O padre Éverton Souza tentou registrar ocorrência no final da tarde de terça-feira, mas não conseguiu porque a delegacia de Sapiranga não tem funcionamento 24 horas.
— Nós nos sentimos totalmente sozinhos no mundo, porque, se roubam o sino de uma igreja, não tem nenhuma segurança. Chegar a uma delegacia e saber que só posso registrar a ocorrência no dia seguinte acaba desanimando. Parece que não temos ninguém a quem recorrer. Nossa esperança é que alguém veja algo, porque não se guarda um sino debaixo de uma carteira.
O boletim de ocorrência foi feito no começo da tarde desta quarta-feira (10). Segundo o delegado Fernando Pires Branco, titular da Delegacia de Polícia de Sapiranga, diligências foram feitas na tarde desta quarta em busca de suspeitos.
— Esse é o primeiro caso desde 2015, quando comecei a trabalhar na cidade. Um sino desse peso tem um valor considerável — analisa o delegado.
Devido a capela ser em uma área rural, não há câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações.