A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou, na segunda-feira (1º), que decidiu interditar 56 barragens em todo o Brasil. Do total, 17 foram fechadas por falta de estabilidade e 39 por falta de documentação que ateste a segurança das estruturas.
Das barragens, duas estão no Rio Grande do Sul. Segundo a ANM, a interdição das unidades do Estado ocorre por falta do documento de Declaração de Controle de Estabilidade (DCE). Um empreendimento é da Companhia Brasileira do Cobre, em Caçapava do Sul, e outro da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), em Minas do Leão.
Procurada pela reportagem, a CRM informou que ainda não foi notificada pela ANM sobre a interdição. GaúchaZH ainda não conseguiu contato com a Companhia Brasileira do Cobre.
Das 17 unidades interditadas por falta de estabilidade, 13 estão localizadas em Minas Gerais. O Estado sofreu as duas maiores tragédias envolvendo rompimento de barragens no país: a de Brumadinho e a de Mariana.
O documento
A declaração de estabilidade é emitida por uma empresa auditora que deve ser contratada pela mineradora. A confiabilidade do documento, porém, passou a ser questionada após a tragédia de Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro, quando uma barragem na Mina do Feijão se rompeu causando mais de 200 mortes. A estrutura tinha uma declaração válida, emitida pela empresa alemã Tüv Süd, em setembro de 2018.
Interditadas por falta de documentos
- MG: 23 (Oito são da Vale)
- SP: 6
- MT: 4
- RS: 2
- GO: 2
- PA: 1
- AP: 1
Interditadas por falta de estabilidade
- MG: 13 (10 são da Vale)
- PA: 3 (Duas são da Vale)
- PR: 1