Os três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atenderam o acidente de trânsito que resultou na morte da adolescente Bárbara Andriélli Mendes de Moraes, de 15 anos, no domingo de Carnaval, prestaram depoimento nesta quinta-feira (14) na corregedoria da corporação.
A intenção do órgão é esclarecer os motivos para a demora de mais de 80 horas para registrar o fato na Polícia Civil, e por que liberaram o motorista sem realizar o exame de bafômetro. Inicialmente, a PRF informou que o teste de embriaguez não foi realizado pois o médico Leandro Toledo de Oliveira, 37 anos, precisou de atendimento e estava com colete cervical. A alegação dos agentes não foi divulgada.
O médico estava dirigindo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por ter sido flagrado embriagado há quatro anos, na BR-448, em Canoas. Na altura do quilômetro 31 da freeway ele colidiu por trás em duas motos, onde estavam Bárbara, seus pais e um amigo da família. Com a força do impacto, uma das motos foi arrastada por mais de 70 metros.
Na Polícia Civil, um inquérito está em andamento para apurar as causas e responsabilidades do acidente. Conforme o delegado de Santo Antônio da Patrulha, Valdernei Tonete, cinco testemunhas foram ouvidas até o momento. Também devem depor os policiais rodoviários e, por último, o médico.
O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias a partir da instauração, mas o delegado espera concluir antes do tempo.