Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento da Barragem 1 da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, os trabalhos de buscas ainda tentam localizar 134 desaparecidos. O número de mortos chega a 176, conforme último balanço divulgado pelas autoridades mineiras.
A barragem – localizada a 57 quilômetros de Belo Horizonte – rompeu-se por volta das 12h20min de uma sexta-feira, 25 de janeiro. Um mar de lama tomou conta de estradas, do rio, do povoado e, sobretudo, da área da Vale, empresa responsável pela barragem. Como era hora do almoço, muitos funcionários ficaram retidos no restaurante.
O misto de perplexidade, tristeza e indignação se instalou no país. As dificuldades causadas pela lama e os riscos de contaminação aliados à chuva intensa aumentaram ainda mais a tensão nas buscas por vítimas. Famílias inteiras desapareceram. Nem todos foram localizados.
No domingo (24), ocorreram manifestações em Brumadinho e em Belo Horizonte para homenagear os mortos.
Incertezas
Pela estimativa do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, os trabalhos deverão se estender por três a quatro meses após o rompimento.
Os rejeitos atingiram o Rio Paraopeba, e o governo de Minas proibiu o consumo da água, devido ao risco de contaminação. Não há estimativa de suspensão da medida.