A prefeitura de Canoas informou que o convênio com o governo federal para o acolhimento de venezuelanos no município não será renovado. Com isso, as famílias que estão morando em Canoas terão de deixar os abrigos até o dia 31 de março.
Segundo o Executivo de Canoas, a decisão pela não continuidade do acordo de cooperação é da União e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur/ONU). O contrato tinha duração prevista e poderia ser renovado. Ao todo, 305 venezuelanos foram encaminhados para Canoas durante o processo, que foi nomeado como interiorização.
A secretária de Desenvolvimento Social de Canoas, Luísa Camargo, afirmou que o município já vinha trabalhando com a possibilidade do fim do programa.
— A gente já vem trabalhando na perspectiva do desligamento deles dos centros, porque isso não é o ideal e um programa de imigração. É uma formatação emergencial. O ideal é que eles tenham suas próprias casas e comecem a se inserir na vida da comunidade e trabalhando. Isso já estava previsto desde setembro.
Luísa destacou que a prefeitura está trabalhando junto aos venezuelanos na busca por moradias:
— A equipe técnica está buscando com eles imóveis com preços mais acessíveis. Vamos organizar campanha de doações de imóveis e utensílios domésticos para eles conseguires se organizar dentro de suas residências.
A prefeitura de Canoas informou que conseguirá manter por mais nove meses alguns serviços, como auxílio com documentação, orientação jurídica, inserção de adultos no mercado de trabalho e de crianças na rede municipal de educação. A continuidade dessas ações nesse período ocorre em razão de recursos do governo federal e de parceria com a Fundação La Salle.