A Justiça Federal do Rio Grande do Sul considerou inconclusivo o relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre supostos danos ambientais causados pela dragagem do Porto de Rio Grande. O parecer técnico era aguardado para definir o futuro da atividade, suspensa desde 19 de dezembro, após o aparecimento de lama na beira da praia.
Agora foram solicitados relatórios do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta) para embasar a decisão sobre a continuidade da dragagem.
No documento enviado à Justiça, o Ibama reafirma a presença de lama na praia, reconhece que não se sabe ao certo a origem, mas entende que dragagem precisa ser retomada pela segurança da navegação e para que os estudos sobre a lama continuem.
O juiz federal Adérito Martins Nogueira Junior entendeu que o relato "não foi totalmente assertivo sobre a problemática tratada" e protocolou junto ao processo um pedido com urgência da conclusão dos estudos realizados pelo SiMCosta, que está produzindo uma série de análises sobre a lama e os locais onde ela apareceu.