Desde o dia 18 de dezembro, o novo sistema de placas de veículos, conhecido como "placas padrão Mercosul", passou a ser adotado no Rio Grande do Sul. A nova identificação é obrigatória para veículos zero-quilômetro, quando for necessária a confecção da placa, seja por roubo, furto, perda ou avaria e em casos de transferência de município ou dono.
O presidente da Associação Gaúcha de Fabricantes e Estampadores de Placas, Eduardo Horst, questiona a pressa para adoção do novo sistema. O padrão foi objeto de sucessivos adiamentos durante os anos de 2017 e 2018, e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tomou uma decisão definitiva para a adoção no dia 30 de novembro — 17 dias antes da implantação.
Apesar de o padrão estar previsto desde dezembro de 2010, o tempo foi considerado exíguo para os fabricantes.
— Acredito que nós fomos um pouco afoitos em ter que iniciar em um momento no qual não estávamos preparados tecnicamente, em cima de dados fornecidos pelo próprio departamento técnico do Detran. A própria Procergs havia dito que não tinha condições técnicas para um processo tranquilo de implantação. Mesmo nós, que fizemos parte desse sistema, estávamos credenciados pelo Denatran, que exigiu documentos de Brasília e não estava respondendo à altura da demanda e da necessidade. No CRVA, também tinha uma fábrica de placas, o cidadão tinha esse atendimento quase de imediato. Nós buscávamos que fosse prorrogado, para que o cidadão gaúcho tivesse tranquilidade. Não entendemos até hoje qual era essa ansiedade, esta pressa — afirmou Horst.
Segundo o presidente, são 170 estampadores aptos em um universo de 320 possíveis, um mês depois da implantação. No início do ano, eram apenas 70.
— É um total desrespeito. Nem todos os Estados estão autorizados, isso fez com que represasse a demanda, trazendo transtornos e até um aviltamento do preço — declarou.