Em estreita porção de terra entre a Serra do Mar e o Oceano Atlântico, entocado na baía de Sepetiba, um ninho de 750 mil metros quadrados de concreto e ferro está gestando as mais modernas máquinas de guerra do Brasil. No complexo naval de Itaguaí, município 70 quilômetros ao sul do Rio de Janeiro, emergirá o primeiro submarino nuclear brasileiro, um gigante de aço de 6 mil toneladas, armado com torpedos F-21 e capacidade para desaparecer no litoral do país e reaparecer em qualquer lugar do planeta sem chamar a atenção.
Quando ficar pronta — a previsão é para 2027 —, a embarcação de cem metros de comprimento alçará o Brasil ao seleto clube de nações detentoras de submarinos com propulsão atômica. São apenas seis no mundo: os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e a Índia. Além disso, a Marinha brasileira será elevada a outro patamar estratégico e de defesa da soberania nacional.
No especial abaixo, confira as instalações do complexo de Itaguaí, veja como é por dentro o novo submarino brasileiro e acompanhe uma simulação de emergência com a tripulação do Riachuelo.