Um estudo ambiental realizado em Itati, no Litoral Norte, sugere o reposicionamento de lombadas eletrônicas da Rota do Sol. Atualmente, os equipamentos estão localizados próximo à Reserva Estadual Mata Paludosa.
Durante o levantamento, que começou a ser feito em dezembro do ano passado, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) chegou a cogitar a remoção dos redutores, mas a decisão dependia dos resultados.
De acordo com o órgão, o monitoramento da fauna indicou ainda a instalação de telas e travessias inferiores e superiores. As cercas vão direcionar os animais para os pontos de passagem, evitando que eles caminhem sobre a pista e corram risco de atropelamento.
A sugestão é que as lombadas eletrônicas sejam transferidas para as extremidades do trecho, já que elas não seriam mais necessárias nos pontos atuais.
Daer avalia mudança
Segundo o Daer, a implantação das medidas sugeridas ainda será avaliada entre os órgãos envolvidos e não há data prevista para ocorrer. Após a instalação dos dispositivos, porém, uma nova etapa do estudo deve ser realizada para conferir se as ações deram o resultado esperado.
O monitoramento da fauna na Rota do Sol chamou atenção de motoristas no fim do ano passado porque exigiu diversos bloqueios da rodovia para a contagem de animais mortos por atropelamento. Na época, a justificativa do Daer para as interrupções no período de maior movimento no ano foi o comportamento das espécies, mais ativas na primavera e no verão. Além disso, os biólogos acompanharam a movimentação dos animais para verificar os padrões de deslocamento entre os dois lados da rodovia.
O objetivo do estudo é identificar as melhores ações a serem implantadas para diminuir a morte de animais na área de proteção ambiental, já que parte das espécies vivem somente naquela região. A medida integra um acordo entre o Daer o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a emissão da licença de operação, ocorrida em 2014. As próprias lombadas eletrônicas foram uma exigência do órgão ambiental na época da construção da rodovia há pouco mais de 10 anos.