A Serra recebeu duas forças-tarefas de Segurança Alimentar do Ministério Público nesta semana. A mais recente aconteceu na última quarta-feira (31), quando foram vistoriados dois estabelecimentos comerciais de Carlos Barbosa. Na ação foram fiscalizados o Supermercado Santa Clara, que teve o açougue interditado, e a Queijaria Fetina de Formaio. Conforme o levantamento divulgado pelo órgão, cerca de uma tonelada e meia de alimentos impróprios para o consumo foi inutilizada durante a ação.
Entre os principais problemas detectados no supermercado estão carnes sem procedência, inspeção e em péssimo estado de conservação. Também foram identificados alimentos fora da temperatura indicada, presença de moscas e produtos fora da validade. Já a Queijaria Fetina de Formaio foi autuada por expor queijos em temperatura ambiente.
Em Garibaldi, a força-tarefa ocorreu na última terça-feira (30). Ao todo foram quatro estabelecimentos autuados e cerca de duas toneladas de alimentos impróprios ao consumo foram recolhidos. Desses, dois tiveram os depósitos interditados: a Fruteira Ortafrutti e a unidade da Cia Apolo Supermercados.
No caso do Fruteira Ortafrutti, a interdição deve-se à presença de roedores mortos e fezes animais espalhados pelo chão, além de sujeira e desorganização dos produtos. Também foi identificada a presença de alimentos vencidos e mofados.
Em outros dois estabelecimentos foram registrados problemas de conservação e data de validade dos alimentos, no Supermercado São Lucas e Supermercado Cairú.
CONTRAPONTOS
A gerência da Queijaria Fetina de Formaio afirmou que entende a necessidade do cumprimento das normas e irá cumpri-las. Além disso, reitera que seus produtos são de excelente qualidade e que atende consumidores de todo o país, sem jamais receber reclamações. Porém, se mostrou chocada com a forma como foi conduzida a operação, classificando como abusivo o descarte de toda a mercadoria em sacos de lixo.
Já o Supermercado Santa Clara se manifestou por meio do seu diretor, Alexandre Guerra. Segundo ele, a empresa defende e apoia a fiscalização do Ministério Público e garantiu que os problemas ocorridos já foram sanados. Segundo a empresa, os produtos vendidos possuem nota fiscal e procedência comprovada e o que aconteceu foi um problema operacional, já que ao comprar a carne do fornecedor e separar os pedaços para venda, o açougue não rotulou individualmente cada peça com a etiqueta do fornecedor.
Por meio de nota, o Supermercado Cairú comunicou que a empresa é criteriosa em seus processos e controles e que apoia a operação ocorrida. Ainda, salientou que as inconformidades apontadas já foram resolvidas.
Já o Mercado São Lucas, também em nota, parabenizou o ministério público pela ação e afirmou que todos os problemas já foram resolvidos no ato da inspeção e está buscando adequações para atender a nova legislação. Além disso, o mercado reiterou que nenhum produto estava deteriorado e que não foi interditado.
Em sua página no Facebook, a Fruteira Ortafrutti reiterou que passa por processos de controle de qualidade e colocou as instalações da empresa à disposição do público. Ainda informou que,desde a notificação, uma força-tarefa foi colocada em prática para pôr em ordem os pontos apresentados.
A Cia Apolo de Supermercados, por meio de nota, afirmou que se preocupa com a qualidade dos serviços prestados à comunidade e o rigoroso cumprimento das legislações vigentes. Além disso, apontou que a interdição se deve ao grande estoque de mercadorias, tendo em vista a proximidade da data de finados e festas de final de ano.