Chegou a 14 o número de mortos no deslizamento que ocorreu neste sábado (10), na madrugada, na Comunidade Boa Esperança, em Piratininga, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Conforme informações do portal G1, os corpos de mais quatro vítimas foram encontrados na madrugada deste domingo (11), 24 horas após o deslizamento. De acordo com bombeiros que estão no local, uma mulher foi retirada morta dos escombros por volta da 1h30, e os corpos de três jovens foram resgatados às 4h45. Até o momento, onze pessoas foram resgatadas com vida. As buscas foram mantidas durante toda a madrugada, e interrompidas no início da manhã.
O trabalho de retirada dos escombros continua neste domingo. Equipes da prefeitura seguem monitorando a área para identificação de risco de novos desabamentos.
Ao longo desta semana, choveu muito no Rio de Janeiro e em Niterói. Oitenta bombeiros de sete quartéis estão trabalhando na operação, que conta com o apoio de agentes da Defesa Civil e de órgãos da prefeitura.
A prefeitura de Niterói montou um esquema com aproximadamente 200 profissionais da Defesa Civil, secretarias de Obras, Conservação, Assistência Social, Saúde e Companhia de Limpeza. Eles começaram a chegar no local logo após o deslizamento e trabalham de forma integrada com as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Agentes da companhia de trânsito NitTrans e da Guarda Municipal coordenam o acesso à região.
Segundo a prefeitura, a Defesa Civil municipal informou que "houve a ruptura de um maciço em uma área de preservação ambiental acima da localidade Boa Esperança. A região não era diagnosticada como de alto risco geológico dentro do mapeamento de risco do Departamento de Recursos Minerais do Governo do Estado (DRM), que norteia a atuação da Defesa Civil".
A administração municipal montou uma base de apoio na Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga, que está recebendo os desabrigados. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos providenciou alimentação no local e a doação de cestas básicas para as famílias que optarem por ficar com familiares e amigos.
Conforme a prefeitura, desde 2013, foram realizadas 70 obras de contenção de encostas e houve a entrega de mais de 3 mil casas populares com foco em áreas de alto risco geológico. O sistema de alertas e alarmes por sirenes foi municipalizado em setembro de 2016, após o governo estadual anunciar que não tinha recursos para a manutenção dos equipamentos.
A prefeitura garantiu que "em nenhum momento o serviço deixou de funcionar na cidade e, atualmente, Niterói conta com 33 sirenes de alerta para desastres naturais em 28 pontos, além de 51 pluviômetros".