O Tribunal de Justiça (TJ) registrou 2.705 downloads do aplicativo de adoção lançado pela corte para tentar agilizar um novo lar para crianças e adolescentes. O levantamento do TJ a pedido de GaúchaZH vai de 10 de agosto, data do lançamento, até 16 de outubro. São 39 downloads por dia, em média. Foram cadastradas 875 fichas de interessados no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), num total de 1.703 pessoas. Dessas, 849 aceitaram os termos e tiveram acesso aos dados das crianças, das quais 51 manifestaram interesse, sendo que oito estão com a tramitação do processo avançada.
A coordenadora da Infância e da Juventude do tribunal, Nara Cristina Neumann Cano Saraiva, conta como era o sistema antes do aplicativo.
— Esses pretendentes não tinham contato com estas crianças e com estes adolescentes. Eles ficavam no aguardo de um contato da equipe técnica, que chamava esses pretendentes para que pudessem conhecer aquela criança e aquele adolescente que estariam disponíveis.
A magistrada explica como ficou a partir do aplicativo.
— Esses pretendentes podem ter acesso às imagens, essas fotografias e vídeos dessas crianças e desses adolescentes. É direcionado aos pretendentes habilitados que passam a visualizar quem está apto — destaca a juíza.
Segundo Nara, 90% dos pretendentes procuram crianças com até seis anos de idade, mas 88% dos aptos para adoção têm entre 11 e 17 anos.
— E o aplicativo tem como finalidade apresentar, dar visibilidade a essas crianças e adolescentes para que, eventualmente, esse pretendente possa dar uma flexibilização no seu perfil e caminhar para uma adoção — conclui a juíza.
Outra iniciativa do TJ para tentar agilizar adoções é promover encontro entre pretendentes cadastrados e crianças e adolescentes aptos a ter um novo lar.