Liberada para download por volta das 8h desta sexta-feira (10), mais de mil pessoas já baixaram a nova plataforma para adoção de crianças e adolescentes do Rio Grande do Sul. O levantamento do Tribunal de Justiça (TJ) vai até as 14h, horário que ocorreu o lançamento oficial do aplicativo Adoção. No período, 83 pretendentes se cadastraram e houve três manifestações de interesse para adoção. Nesse primeiro levantamento, a maioria dos pretendentes é de fora do RS.
GaúchaZH solicitou atualização ao TJ e, no final da tarde de sábado (11), o número de downloads já era de 2.210. O que é considerado um sucesso da iniciativa.
O app
O aplicativo Adoção é uma iniciativa do TJ, em parceria com a PUCRS e o Ministério Público Estadual. O app, que está disponível para Android e iOS, reúne informações como características físicas, vídeos e fotos de quem está apto à adoção.
O acesso a todas as informações das crianças e adolescentes será restrito aos pais registrados no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), independentemente do Estado em que moram. Eles serão identificados a partir do CPF e do e-mail cadastrado no programa. Depois de incluir os dados básicos (os passos são indicados no próprio aplicativo), o cadastrado poderá selecionar o perfil que procura. Imediatamente, se houver inscritos para adoção com o mesmo perfil, eles surgirão na tela. A indicação de interesse em adotar só será finalizada depois que os pais registrados finalizarem a busca e clicarem em "interesse em adotar". A partir daí, o TJ deverá entrar em contato em até 72 horas com o interessado.
Adoção no RS
O Rio Grande do Sul tem 5 mil pessoas cadastradas no CNA, 500 somente em Porto Alegre. Atualmente, são 620 crianças e adolescentes aguardando para serem adotados. Desses, 348 (56,13%) pertencem a grupos de irmãos. São 346 meninos e 274 meninas. Em relação às idades, os dados de crianças e adolescentes pretendidos e os aptos para adoção são antagônicos. A maioria prefere crianças de zero a cinco anos, que é a minoria na fila de adoção. Cerca de 80% de quem está liberado pela Justiça para ter um novo lar têm entre 12 e 17 anos.