A Polícia Federal irá investigar o conteúdo das mensagens que circulam pelo WhatsApp desde a madrugada desta segunda-feira (3) que espalham o boato sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, que se iniciaria na próxima sexta-feira (7). A determinação partiu do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Por meio de nota, o ministério informou que a disseminação desse tipo de conteúdo “constitui grave fator de desestabilização”.
“Essas ações causam transtorno à população, prejuízo ao mercado produtor e de serviços, constituem grave fator de desestabilização e têm grande potencial para provocar desordem pública”, diz a nota.
Os rumores começaram após o compartilhamento de uma nota atribuída ao grupo de WhatsApp União dos Caminhoneiros do Brasil sobre o início de uma nova paralisação. As informações foram desmentidas pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), entre outras representantes da categoria.
De acordo com o Ministério da Segurança Pública, as mensagens não passam de fake news (notícias falsas), e os autores podem ser penalizados.
“As mensagens se enquadram na categoria de fake news e seus autores e veiculadores podem responder por crime contra a economia popular e por publicidade enganosa.”
A pena total para quem cometer crime contra a economia popular e ferir o Código de Defesa do Consumidor é de detenção de 4 anos e 9 meses até 18 anos, mais pagamento de multa.
Por causa dos boatos, postos de gasolina de Porto Alegre registraram filas nesta segunda-feira. A reportagem de GaúchaZH percorreu 23 em bairros das zonas norte e leste de Porto Alegre, e 13 estavam com os estoques vazios. Todos, porém, seriam reabastecidos ainda hoje.