Um abaixo-assinado online pede que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) tombe o prédio do antigo Moinho Covolan, no centro de Farroupilha. Até 12h desta terça-feira (14), mais de 1,7 mil assinaturas já tinham sido coletadas. Na semana passada, documentos foram entregues ao IPHAE para embasar o pedido de tombamento.
Desde 2013, um grupo trabalha para que o prédio seja considerado patrimônio histórico e cultural do Estado ou do município. Conforme Natália Malfatti, uma das organizadoras do abaixo-assinado, existe uma forte especulação imobiliária que pode levar à destruição do prédio.
A construção em alvenaria no estilo proto-modernismo teve as duas primeiras partes concluídas em 1937 e a terceira em 1942. Mas a história do moinho começa ainda antes, por volta de 1920, em uma estrutura de madeira.
Inicialmente, operava com energia gerada por uma máquina de vapor. Depois, com os negócios prosperando e como não havia energia elétrica em Farroupilha, o moinho comprou um motor movido a gasogênio, da Companhia Força e Luz da cidade de Montenegro. Maquinários também foram importados da Alemanha. Só então, começou a construção do prédio em alvenaria de tijolos maciços, sobre fundação em pedra basalto. Outro aspecto da arquitetura é que o local não conta com nenhuma viga de concreto.
Conforme levantamento histórico feito pelo grupo que quer o tombamento, o prédio de cinco andares chegou a ser o mais alto de Farroupilha e o moinho forneceu energia elétrica para a cidade durante um período na Segunda Guerra Mundial. No final dos anos 80, a empresa parou as atividades de moagem de trigo.
Hoje, o espaço é utilizado parcialmente para atividades culturais. Em 2008, passou a se chamar Muinho, onde são realizados inclusive shows nacionais e internacionais. O espaço abriga também um museu com peças da antiga empresa.
Para participar do abaixo-assinado, é preciso acessar o site change.org.