A Polícia Civil deflagrou uma operação, na manhã desta terça-feira (26), contra fraudes no ramo imobiliário no Estado. O alvo foi uma empresa suspeita de iniciar construções de condomínios, vender as unidades, mas nunca entregar as obras.
A ação aconteceu em Porto Alegre e Santa Maria. Nos locais, foram apreendidos documentos e computadores que comprovariam, segundo a polícia, a existência dos crimes de estelionato e formação de quadrilha.
Na Capital, o presidente da empresa Ampar, Alex Sander Menezes da Silva, foi preso por porte ilegal de arma. Ele foi ouvido e liberado, sem pagar fiança. Foram apreendidos uma pistola e um carro modelo Jeep Renegade.
O filho do vice-presidente da empresa, que não teve o nome divulgado, foi detido por porte de maconha. Conforme a polícia, ele afirmou que era para consumo próprio, assinou termo circunstanciado e foi liberado.
Investigação
Conforme o delegado responsável pela ação, Antônio Firmino de Freitas Neto, a empresa teria causado mais de R$ 1 milhão em prejuízos, somente em Santa Maria. O grupo teria ainda empreendimentos em outros Estados.
Segundo reportagem da RBSTV, a empresa costumava iniciar a construção e a venda de imóveis sem autorização e, depois, dizia que a obra estava atrasada devido à burocracia. Desde 2016, já foram anunciadas 753 casas pela Ampar, sendo que apenas 30 tinham documentação.
Além disso, os alvarás da prefeitura também eram falsificados, por exemplo, para autorizar a ligação de água de alguns imóveis. A prefeitura de Santa Maria abriu uma sindicância para apurar o caso.
O advogado Aroldo Fagundes da Silva, que cuida dos processos de rescisão de contrato da Ampar com os compradores, informou à RBSTV que a empresa não está se escondendo e que, em pelo menos 10 processos, ela já foi citada. Ele afirmou também que não defende a empresa e os donos na parte criminal.